E olhando em volta de mim eu tenho que dizer que não poderia ser melhor.
De todos os perrengues, de todas as lutas -- internas e externas --, de todas as decepções e vontades agudas depositadas em caixinhas com fita de cetim; eu acabei por sair ilesa. Acabei me tornando alguém muito mais cética e bem mais pé no chão.
Aos vinte e poucos, a madrugada continua com a sua mesma graça, que me faz raciocinar e escutar o meu silêncio bem melhor e também começou a dar uma vontadezinha besta de aproveitar mais o dia. Aos vinte e poucos a criança foi embora e veio chegando um sentimento meio...aos vinte não...antes disso eu já tinha abandonando um pouco esse lado que para alguns permite ser meio irresponsável.
Aos vinte e poucos se estuda, se trabalha -- tudo isso com a mesma disposição de quando eu tinha 16, mas com muito mais glamour. Eu que fui uma criança prodígio em muitos aspectos ,fico muito feliz de saber que cheguei aos vinte e poucos sendo, em muitos momentos, uma adulta bem infantil.
A vida passa cheia de coisas na nossa frente e a gente cresce achando que a felicidade é um plano longínquo e futurista, quando na verdade a graça toda da história é a felicidade ser fugaz. E eu cheguei aos vinte e poucos assim, toda cheia de tristeza quando me coube sofrer, mas transbordando de alegria quando o negócio era ser feliz ..
Viciada nessa música : http://www.youtube.com/watch?v=rkAvi_FRKyI
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